segunda-feira, 24 de outubro de 2011

DNIT OS SENTIDOS E OS DISCURSOS SOBRE A BR-163

Os discursos e os sentidos sobre a BR163
Este é caminho dos que vão e voltam e junto com as promessas de asfaltamento traz sonhos de progresso e desenvolvimento. A rodovia federal BR163 fez parte do projeto de integração nacional idealizado ainda na era Vargas com o slogan “integrar para não entregar”. Como parte deste projeto as obras de abertura do percurso Cuiabá - Santarém iniciaram na década de 70 sendo executadas pelo exército Brasileiro através do 9º BEC sediado em Cuiabá-MT e o 8º BEC sediado em Santarém- PA.
Esta é uma rodovia que atravessa todo território nacional estendendo se do Rio Grande do Sul até a fronteira do Brasil com o Suriname. Por ocasião da conclusão das obras de abertura os dois batalhões se encontraram no Salto do Curuá onde foi colocada próxima a Santa Júlia em Novo Progresso – PA as pedras fundamentais dos heróis da rodovia juntamente com uma placa constando os nomes dos quase 100 trabalhadores que perderam a vida no processo de abertura.
A proposta inicial de integrar a floresta amazônica com o sul e o sudeste do país estendeu-se além, contemplando atualmente desde questões econômicas, na forma da expectativa de desenvolvimento para a população da região com o escoamento da produção de grãos do estado para os portos de Miritituba e Santarém e o transporte de produtos industrializados na zona franca de Manaus em direção ao Mato Grosso e as regiões sul e sudeste do país. Quanto a questões sociais na facilitação do acesso a bens e serviços. A conclusão da rodovia tornou-se então, de caráter sócio econômico ambiental pela possibilidade de desenvolvimento de vários outros aspectos fundamentais para o atual contexto.
Iniciada ainda em uma época onde o debate sobre as questões ambientais era pequeno, a abertura da BR não teve uma preocupação efetiva com esse assunto na época. Mais de 30 anos depois, ultrapassando o objetivo de integrar o país, a rodovia tornou-se fundamental para a economia agroexportadora matogrossense e uma promessa de progresso, desenvolvimento, integração socioeconômica a todas as cidades na sua área de influência. A trafegabilidade resultaria em economias substanciais no custo do transporte. Com a necessidade de dar fluidez ao trânsito, que historicamente em certas épocas não era possível, a conclusão da pavimentação voltou ao debate e dessa vez com questão ambiental encabeçando as discussões.
Sensíveis a importância da rodovia, contudo atentos a biodiversidade das áreas de influência, por envolver principalmente a região amazônica, mas também o cerrado mato-grossense, houve uma preocupação em fazê-lo de maneira sustentável. A pavimentação se feita de outro modo seria potencialmente causadora de danos ambientais que acarretariam custos significativos, por estimular o desmatamento ao longo da rodovia. Considerando que as taxas de desmatamento seguiriam o padrão de outras estradas pavimentadas na Amazônia, a obra exigiu maior investimento do governo, reduzindo o desmatamento por causa da pavimentação.
“Através do Plano Amazônia Sustentável (PAS), observa-se que refere-se principalmente a um plano estratégico de desenvolvimento regional, que estabelece novos padrões para o desenvolvimento da Amazônia Brasileira, que envolve também à implementação de ações e políticas governamentais em toda a região.
Atualmente o DNIT , órgão federal fiscalizador das obras , está a frente da etapa desta longa história que parece estar chegando ao seu final. Entre as vários funções deste órgão esteve a execução do, “Programa de educação ambiental da BR 163”, em todas as cidades a beira da rodovia conhecido pela bonito slogan: Programas ambientais da BR – 163. A responsabilidade socioambiental passa por aqui. Como parte das ações do programa o DNIT promoveu um concurso de redação com a finalidade de “estimular a produção textual por meio da reflexão sobre as questões ambientais e as obras de construção e pavimentação da BR-163, além de propiciar aos envolvidos a sensibilização sobre a importância da formação cidadã, e a boa relação com o meio ambiente.” (material de divulgação do DNIT)
Ainda dentro do proposto do concurso esteve “o acesso às bibliotecas das Escolas, bem como dos municípios, deixando à disposição dos participantes do Concurso de Redação, dois textos que contribuíram para as discussões e reflexões sobre o tema. Aos participantes foi permitida a consulta a outras fontes.

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